Edinho Silva foi eleito presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e comandará a legenda até 2029. Sua vitória, anunciada em 7 de julho, consolidou o poder da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil, principalmente enquanto o partido se prepara para as eleições de 2026. Edinho derrotou três adversários na corrida pela presidência. Em seu primeiro discurso, destacou a importância da união para reeleger Lula e garantir a democracia contra tendências autoritárias. O novo líder também enfatizou um compromisso com a inclusão de todas as correntes do partido e gestão próxima da base, mobilizando mais de 400 mil filiados.

Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, candidato à presidência do PT com apoio de Lula, argumenta que a recente votação que revogou o aumento do IOF revela um desarranjo institucional que compromete a essência do presidencialismo no Brasil. Ele propõe uma reforma política e eleitoral para restaurar a relação entre os Três Poderes. Além disso, critica a imagem de Lula como o único derrotado, destacando a necessidade de um debate sobre a verdadeira relação entre Legislativo e Executivo. Edinho acredita que Lula é a única liderança capaz de conduzir o país na construção de uma solução política eficiente.

Rui Falcão, deputado federal, anunciou sua candidatura à presidência do PT, desafiando Edinho Silva, que está mais alinhado ao centro. Falcão, ex-presidente da legenda, busca unificar correntes à esquerda e critica a moderacão de Edinho, que considera vergonhosa em relação às bandeiras históricas do partido. Falcão descreve a atual luta como um enfrentamento não só ao fascismo, mas também ao neoliberalismo, e denuncia a despolarização da política. Ele também defende questões como o controle da mídia e direitos trabalhistas, posicionando sua campanha como uma resistência ao desvio do PT do que considera seus valores fundamentais.